segunda-feira, 30 de abril de 2018

ALTAS HABILIDADES EM FORTALEZA

 
2º ENCONTRO DO XADREZ
FORTALEZA-CE

20 de abril de 2018

ESCOLA ESPAÇO VIDA
Profº Cleando Cortez

PROJETO SEI
Sistema Espaço-Vida Inteligente 

 O xadrez é um esporte
que desenvolve:

O raciocínio lógico

O raciocínio abstrato 

A capacidade analítica

A criatividade para resolver problemas

A habilidade para tomar decisões.

Aprender a ganhar ou perder 

Aprender a respeitar o adversário e as regras 

A parte social da vida do estudante
também é desenvolvida 

Cria novas amizades em um ambiente
de aprendizado diferente.

A memória e concentração
também são aspectos trabalhados 

A atividade possibilita a inclusão de todos

 O aspecto mais importante é que a evolução no xadrez
se dá pelo esforço, estudo e dedicação

 O trabalho duro ajuda muito na autoestima da criança,
afinal ela acaba percebendo que é capaz de superar obstáculos

A participação dos alunos, o debate, a conexão
com outras disciplinas
e analogias com o cotidiano

 É uma aula em que se busca o aprender pelo aprender

 É teórica e prática, desenvolvendo o conteúdo 

Métodos dinâmicos e divertidos dentro do jogo 

Uma atividade tradicional e intelectual  

Basta terem a oportunidade de conhecer o jogo 

O xadrez é uma ferramenta para ajudar
a formar o caráter da criança

Desenvolver diversas habilidades

 Os estudantes que participam aguardam
animados para uma nova partida 



integrar os alunos

sábado, 28 de abril de 2018

Um clube de xadrez em Iguatu

O CLUBE CAPABLANCA DE XADREZ

Por Pereira Oliveira

Iguatu-CE

O Clube Capablanca de Xadrez nascido de um feliz iniciativa do Dr. Humberto de Gouvêa Soares e Honório Augusto Machado aglomerou por um bom tempo, em Iguatu, no idos de 1960, os aficionados da Arte de Caissa, dando oportunidade a que fizessem bem sucedidas incursões pelo mundo dos trebelhos. Foram membros efetivos do Clube, na época, o médico Dr. Humberto de Gouveia Soares, Honório Augusto Machado, Milton Monteiro Gondim, Assis Pereira, este modesto cronista e outras pessoas cujo nome o tempo apagou em minha desgastada memória. O clube teve vida efêmera. Não deu tempo a difundir o xadrez, como era o firme propósito de seus dirigentes, mas deu bons frutos, formou bons enxadristas.

O estudo do xadrez tornou-se um constante na vida dos membros do clube. Não raro eram vistos debruçados sobre a variada literatura sobre o assunto, ou com um tabuleiro e peças debaixo do braço a procura de parceiros dispostos a um joguinho. Esse estudo era avaliado com frequência, por meio de partidas disputadas em espaço reservado nos clubes sociais, na própria residência dos enxadristas, ou por correspondência.
Ronald Câmara
Visando projetar o clube, seus dirigentes decidiram promover um torneio especial com a participação dos campeões brasileiros José Pinto Paiva, baiano, e Ronald Câmara cearense, e da Tricampeã Feminina Sul-Americana, Ruth Cardoso, baiana, hoje falecida. Para realização do evento o clube contou com o patrocínio do empresário de Orós, Eliseu Batista Rolim, de saudosa memória, que custeou entre outras despesas, as passagens de avião dos convidados, assim como, com a ajuda valiosa da Cia. Industrial de Algodão e Óleos, empresa local que cedeu uma casa de sua vila para hospedagem condigna dos convidados.

O Torneio teve lugar no salão nobre da Biblioteca Municipal, com a presença do Prefeito, o médico Dr. Manoel Carlos de Gouvêa, do Bispo Diocesano, Dom José Mauro Ramalho de Alarcon e Santiago e de outras autoridades de destaque da cidade. Coube ao Dr. Carlos de Gouvêa fazer o lance inicial, avançando o peão em um dos tabuleiros dos pares do certame. A performance dos enxadristas locais, naturalmente, não era lá essas coisas, comparada com a atuação dos visitantes, mas nenhum deles era um “capivara”, um principiante. Todos tinham a qualificação exigida para a participação no memorável confronto.

O desenrolar das partidas transcorreu num clima de franca harmonia esportiva, donde ressaltar o respeito dos enxadristas convidados pelos concorrentes locais que, por sua vez, corresponderam ao gesto de elegância, observando disciplinarmente todas a regras do jogo, inclusive a de deitar o rei e estender cavalheirescamente a mão ao vencedor, ao perceberem que a derrota estava à poucos lances.

Terminado o evento os anfitriões cuidaram de dispensar toda a atenção possível aos convidados a fim de que se sentissem em casa, nessa encantadora porção ribeirinha do velho Jaguaribe. pondo-lhes a par dos costumes e da cultura cearense, até mesmo do espírito irreverente e brincalhão do “Ceará Moleque”.

Desse último detalhe os visitantes tomaram conhecimento por duas vezes, a primeira numa determinada reunião, quando aproveitando o momento de descontração, despachadamente pedi a Dona Ruth, Cardoso, baiana de Salvador que falasse das belezas de sua terra, do Senhor do Bonfim, dos encantos da baiana, dos turbantes de seda, dos balangandãs e saias rodadas, enfim que esclarecesse o enigma que corre mundo e dissesse para os presentes o que é que baiana tem. Boa pessoa, fairplay de carteirinha, ela sorrindo, respondeu: “O que a baiana tem é um segredinho que não conta pra ninguém”. E a segunda, por ocasião do almoço de despedida em minha casa. No momento em que estávamos todos sentados à mesa, antes que fosse servido as iguarias, Benildes Mendonça, esposa do Machado, com delicadeza pois um pires com xerém em frente a Pinto Paiva e disse, perdão, mas essa é a comida de Pinto aqui no Ceará.

O autor: Pereira Oliveira, aposentado do Banco do Brasil, foi gerente da agência de Açu no final dos anos 1960